gestão da inovação

25 abr 2023

Gestão da inovação: como um engenheiro reinventou o salto em altura e ganhou uma Olimpíada

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Primeiramente, as Olimpíadas são um grande evento mundial e reúne milhares de pessoas em torno das competições das mais diversas modalidades de esportes. Agora, imagine estar prestes a testemunhar, não apenas o estabelecimento de um recorde olímpico, mas também a completa revolução de um esporte, tudo isso com uma gestão da inovação?

É essa sensação de surpresa e inspiração que Dick Fosbury causou em mais de 80 mil pessoas que o olhavam em seus assentos no estádio Olímpico da Cidade do México, nos Jogos Olímpicos de 1968!

Embora possa parecer um tema distante do universo corporativo, a trajetória de Fosbury é uma aula de gestão da inovação e prova de que, às vezes, a chave para o sucesso está em abordagens não convencionais e na quebra de paradigmas.

Ao longo deste artigo, vamos analisar o método Fosbury, as lições que podemos tirar de sua história e como aplicar esses aprendizados na gestão da inovação em sua empresa.

Boa leitura!

A gestão da inovação do pequeno Dick Fosbury

Antes de tudo, apenas três ou quatro anos antes, ninguém no mundo do atletismo sequer ouvira o nome de Dick Fosbury. Afinal, ele era apenas mais um adolescente alto e magro de Oregon e interessado em atletismo. 

Dessa forma, ele tentou competir no salto em altura, mas não conseguiu ultrapassar a altura necessária para participar de uma competição de sua escola. 

No entanto, em um momento de crise, Fosbury usou a criatividade e gestão da inovação para um verdadeiro golpe de gênio. 

O salto em altura é um esporte de simples execução. De maneira geral, os atletas saltam sobre uma barra e quem pula mais alto ganha. Assim, cada atleta joga o corpo por cima de uma barra bem alta para aterrissar em um colchão do outro lado. 

Além disso, nas escolas da década de 1960, a área para a aterrissagem era feita de lascas de madeira e serragem. 

Mas, durante seus estudos, a escola de Fosbury se tornou uma das primeiras a instalar um colchão de espuma, e isso lhe deu uma ideia maluca: e se, ao invés de pular da maneira convencional com o rosto voltado para a barra, Dick Fosbury girasse o corpo, arqueasse as costas e passasse por cima dela enquanto pousava no pescoço e nos ombros?

A princípio, a ideia foi realmente tratada como uma loucura e quebra de paradigmas, mas a inovação fez o atleta ver e alcançar novos caminhos. 

Atualmente, a técnica do pequeno Dick Fosbury é conhecida como “estilo Fosbury” e mudou toda a história da modalidade.

O estilo Fosbury 

Assim como todas as ideias disruptivas, o novo estilo de Fosbury foi criticado. Um jornal local disse que ele parecia “um peixe caindo no barco”, enquanto outro o chamava de “o saltador mais preguiçoso do mundo” e publicou uma foto dele deslizando para trás da barra.

No entanto, em 1968, Dick Fosbury era o único que ria ao usar a técnica não convencional para vencer o campeonato Universitário Americano e se classificar para os Jogos Olímpicos na Cidade do México. 

Assim também, quando os jogos terminaram, Fosbury não apenas havia estabelecido um novo recorde olímpico ao saltar 2,24 metros, mas também tinha mudado toda a filosofia do esporte. 

Nos dez anos seguintes, a sua técnica tornou-se o padrão “de fato” para os saltadores de altura em todos os lugares. 

Em sua maioria, os vencedores de medalhas de ouro e grandes recordistas dos últimos 35 anos usaram o “Fosbury Flop”.

 

Criatividade e inovação: salto Dick Fosbury
Dick Fosbury usando sua assinatura, o “Fosbury Flop” para estabelecer um novo recorde olímpico no salto em altura nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México. (Fonte: Comitê Olímpico Internacional.) 


Você pode assistir a um curto clipe do salto de Fosbury aqui.

Gestão da inovação: lições que podemos aprender com Fosbury

Como podemos perceber, a gestão da inovação é fundamental para o sucesso e a sustentabilidade das empresas no ambiente de negócios altamente competitivo e em constante evolução.

Um exemplo surpreendente de inovação disruptiva pode ser encontrado no mundo do esporte, mais especificamente na história do saltador em altura Dick Fosbury.

Pensando nisso, separamos abaixo algumas das lições valiosas que podemos aprender com a abordagem de Fosbury e analisar como elas podem ser aplicadas à gestão da inovação em diversos setores.

Ao refletir sobre os elementos-chave da jornada de Fosbury, você poderá obter insights valiosos para melhorar a inovação em sua organização e enfrentar os desafios do futuro com sucesso. Confira!

Ambiente diferente, mesma abordagem 

De antemão, o sucesso do atleta ocorreu durante um período em que o ambiente do esporte havia mudado, mas todos ainda seguiam velhos padrões de comportamento. 

Embora a mudança para o pouso em espuma permitisse que os atletas experimentassem uma ampla variedade de técnicas de salto, todos continuaram a fazer a mesma coisa. Isso até Fosbury aparecer, e com gestão, inovação e criatividade, revolucionar o salto em altura.

É exatamente por isso que você vê as “startups” perturbar completamente os setores estabelecidos. 

Só para exemplificar, vamos usar a relação dos carros de aplicativos com os taxistas. Durante décadas, os táxis eram a maneira padrão de se locomover pelas cidades com mais conforto e segurança. 

Em algum momento, os telefones celulares e o acesso constante à Internet tornaram-se a norma em nossas vidas diárias. Mas, todos continuaram sinalizando para os táxis e pagando por eles à moda antiga. 

Em outras palavras, o ambiente mudou, mas o comportamento permaneceu o mesmo.

Então, um dia, a Uber apareceu e disse: “Use seu telefone para solicitar um carro, nós o buscaremos onde você estiver e você poderá pagar facilmente através do telefone”. 

Hoje, a Uber é a maior empresa de transporte individual do mundo e os serviços de transporte por aplicativo são a preferência de mais de 65% dos brasileiros.

Esta é a lição número um: quando o ambiente em torno de uma tarefa muda, geralmente surge uma maneira nova e melhor de fazer as coisas. 

método Disney

Abordagem correta, ambiente errado 

A história de Fosbury revela que mesmo grandes estratégias requerem ambientes apropriados. Cerca de três anos antes do Fosbury Flop começar sua fama, havia um saltador de altura chamado Bruce Quande, de uma pequena escola de Montana, que estava experimentando uma técnica de salto para trás.

Então, por que ninguém nunca ouviu falar de Bruce Quande? Porque ele parou de competir no salto em altura logo após tentar sua nova técnica. 

Talvez ele tenha perdido o interesse. Talvez sua escola não tivesse a superfície de pouso correta. A única razão pela qual sabemos que ele tentou é porque alguém descobriu uma foto antiga dele saltando uma barra 50 anos depois que isso aconteceu.

Não há discussão de que a técnica de Fosbury é a melhor abordagem para o salto em altura. Isso porque ele superou imediatamente todos os outros métodos e tem sido o padrão no salto em altura moderno há décadas. 

No entanto, apesar de Bruce Quande ter tido a ideia certa, ele não tinha o ambiente certo para transformá-la em sucesso.

As boas ideias são como sementes. Plante-as em solo fértil com o sol e a água de que precisam e uma pequena ideia pode explodir com o crescimento. Jogue-as em terreno pedregoso e até as melhores estratégias terão dificuldade em criar raízes. 

Ou seja, o “meio ambiente” é extremamente importante. Assim, se o ambiente está constantemente combatendo as ideias, o progresso será difícil.

Sendo assim, essa é a lição número dois: você não pode esperar que uma ótima estratégia funcione bem no ambiente errado.

Gestão da inovação: ache o seu próprio “Fosbury Flop”

Acreditamos muito no poder da ciência pessoal. Simplificando, você deve estar disposto a experimentar novas ideias se quiser descobrir o que funciona melhor para você.

A princípio, Dick Fosbury obteve sucesso, porque seu esporte havia trocado o material de aterrissagem. Ao mesmo tempo, ele estava disposto a experimentar um novo estilo de salto. 

Por isso, vamos considerar algumas situações comuns em que experimentar novas abordagens nos serviria bem: 

  1. Um estudante inteligente do ensino médio tira boas notas sem estudar. No entanto, quando vai para a faculdade, o ambiente muda e a carga de trabalho aumenta. Dessa forma, para obter sucesso no novo ambiente, ele precisa mudar suas técnicas de estudo;
  2. Um atleta para de praticar esportes, mas continua comendo como se ainda estivesse treinando todos os dias. Se ele quer evitar ganhar peso, precisa ajustar seus hábitos alimentares para combinar com seu novo estilo de vida. Ou seja, a situação mudou e ele precisa de uma nova abordagem;
  3. Um pai ocupado assume um novo trabalho com maior tempo de transporte. Ele tenta espremer sua rotina de exercícios como antes, mas acaba se sentindo apressado ​​e estressado. O ambiente mudou e ele precisa encontrar um novo método para manter o exercício como parte de sua vida.

Em conclusão: todos esses casos representam as mudanças que enfrentamos no ambiente de trabalho, em casa e em nossos relacionamentos. 

Ao mesmo tempo, estes casos têm uma resposta em comum: gestão da inovação e criatividade.

A inovação e criatividade são a chave para superar as adversidades

A chave para a Gestão e Inovação é estar ciente de que quando o material de pouso muda, devemos experimentar novos estilos de salto e descobrir o que funciona melhor. 

Ao longo deste artigo, exploramos a importância da inovação e criatividade no enfrentamento das adversidades e desafios que as organizações enfrentam no ambiente empresarial atual.

Dessa forma, é importante salientar alguns pontos cruciais que demonstram como a gestão da inovação pode auxiliar na superação das adversidades:

  • Estímulo à cultura de inovação: isso implica na criação de um ambiente propício para que os colaboradores sintam-se encorajados a compartilhar suas ideias, experimentar novas abordagens e soluções. E, assim, enfrentar os desafios de forma criativa;
  • Adaptação às mudanças: empresas que conseguem ajustar-se rapidamente às transformações do mercado e às novas demandas dos clientes têm maior probabilidade de superar adversidades e alcançar o sucesso;
  • Colaboração e trabalho em equipe: a gestão da inovação promove a colaboração e o trabalho em equipe, permitindo que os colaboradores combinem suas habilidades, conhecimentos e experiências para desenvolver soluções inovadoras que enfrentem efetivamente as adversidades;
  • Aprendizado contínuo: investir na capacitação e no aprimoramento das habilidades dos colaboradores é fundamental para que as empresas consigam superar desafios e prosperar no mercado.

LEDERMAN CONSULTING & EDUCATION

Neste artigo, vimos que a gestão da inovação é um componente essencial para que as organizações superem as adversidades e prosperem em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e dinâmico.

Dessa forma, ao estimular a cultura de inovação, promover a colaboração e o aprendizado contínuo e desenvolver a resiliência organizacional, as empresas estarão mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro e alcançar o sucesso.

Por isso, é importante estarem atentos nas capacitações e feedbacks da sua equipe durante todo o treinamento.

E, para isso, a Lederman Consulting & Education é a única empresa autorizada no Brasil para dar treinamento empresarial baseado no livro “O jeito Disney de encantar os clientes”.

Assim, desenvolvemos um conteúdo de reflexão e melhores práticas para que o participante possa levar na volta ao trabalho um plano de implantação da visão e magia Disney para o seu negócio.

Além disso, em nossos cursos, vemos que uma organização precisa de inovação e criatividade para superar desafios e contratar uma equipe de qualidade.

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Leia também mais conteúdos sobre treinamentos e vendas em nosso blog!

 

David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.

Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.

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