Em um mercado cada vez mais competitivo e em constante transformação, a inovação corporativa deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade estratégica para empresas que desejam crescer, se adaptar e se manter relevantes. Apesar disso, muitas organizações ainda enfrentam barreiras para tornar a inovação uma prática concreta — seja por falta de direcionamento, por medo de errar ou por associá-la exclusivamente à tecnologia.
Neste artigo, reunimos erros comuns cometidos por grandes empresas, lições valiosas aprendidas com essas experiências e os principais tipos de inovação aplicáveis no contexto empresarial. Dessa forma, mostramos como uma abordagem estruturada pode transformar a maneira como sua empresa inova.
Boa leitura!
O que é inovação corporativa e qual sua importância?
Em suma, a inovação corporativa é o motor que impulsiona a evolução das empresas em um cenário de constantes transformações. Mais do que adotar novas tecnologias, inovar significa resolver problemas reais de forma estratégica, estruturada e criativa.
No mundo corporativo atual, onde as mudanças são rápidas e os desafios cada vez mais complexos, a capacidade de inovar se tornou um diferencial competitivo — e, em muitos casos, uma questão de sobrevivência.
Contudo, inovar não é uma tarefa simples. Por exemplo, em diversos treinamentos que realizamos, é comum surgirem dúvidas como:
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“Não sou criativo, como faço pra inovar?”
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“Já pedi pra minha equipe trazer boas ideias, mas ninguém me apresentou nada ainda. Por quê?”
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“Devo contratar uma empresa de IA para me ajudar?”
Essas perguntas refletem a dificuldade enfrentada por empresas que tentam implantar uma cultura de inovação. Dessa forma, para ajudar a entender melhor esse cenário, vamos explorar os erros mais comuns na inovação corporativa e exemplos de organizações que aprenderam com essas experiências.
Além disso, a inovação corporativa é essencial para a sobrevivência das empresas. No entanto, como mostra o artigo de Meredith Somers, “3 Corporate Innovation Mistakes and How to Avoid Them”, publicado pelo MIT Sloan, inovar não é simples.
Em suma, Somers destaca três erros frequentes: confundir tecnologia com inovação, buscar inovações disruptivas sem planejamento adequado e engajar-se de forma ineficaz com ecossistemas externos. Neste artigo, exploramos esses desafios com exemplos de empresas que falharam e outras que souberam evitá-los para alcançar o sucesso.
1. Confundir tecnologia com inovação: o caso da Kodak
Um dos erros mais frequentes nas empresas é acreditar que inovação se resume à adoção de novas tecnologias. No entanto, como afirma Phil Budden, especialista em inovação do MIT, a verdadeira inovação surge da solução eficaz de problemas de negócios.
Um exemplo marcante é o da Kodak, que foi pioneira no desenvolvimento da câmera digital nos anos 1970. Apesar disso, sua liderança optou por não investir na nova tecnologia com receio de prejudicar seu modelo tradicional de vendas de filmes fotográficos. O resultado? A empresa declarou falência em 2012, enquanto concorrentes como Canon e Sony prosperaram no mundo digital.
Por outro lado, a Netflix soube identificar o verdadeiro problema: a conveniência no consumo de entretenimento. Ao migrar do aluguel de DVDs para o streaming, a empresa revolucionou o mercado audiovisual e tornou-se referência global em inovação.
2. Buscar inovação disruptiva sem planejamento: a lição da General Electric
Muitas empresas desejam alcançar inovações radicais — as chamadas “inovações 10x”. No entanto, segundo Budden, grandes corporações possuem estruturas complexas que tornam esse tipo de transformação mais difícil. Em muitos casos, uma inovação incremental de 10% já traz grandes resultados.
A General Electric (GE) tentou uma inovação disruptiva ao lançar a Predix, plataforma de Internet das Coisas (IoT) para fábricas inteligentes. Contudo, o projeto foi mal integrado ao core business da empresa, gerando grandes prejuízos e contribuindo para uma crise financeira.
Já a Microsoft, sob a liderança de Satya Nadella, foi bem-sucedida ao adotar a computação em nuvem gradualmente. Dessa forma, ao equilibrar inovações incrementais e disruptivas, a empresa modernizou seus serviços sem comprometer sua base de negócios. Hoje, é uma das corporações mais valiosas do mundo — prova de que inovação com planejamento gera resultados consistentes.
3. Engajamento externo ineficaz: o sucesso da OpenAI e o fracasso da BlackBerry
Outro equívoco comum é acreditar que estar presente em hubs tecnológicos já é o suficiente para garantir inovação. No entanto, parcerias sem uma estratégia clara não geram valor.
Por exemplo, a BlackBerry foi líder no mercado de smartphones, mas ignorou tendências como aplicativos móveis e a chegada do iPhone. Ao tentar recuperar o tempo perdido, sua conexão com o ecossistema de inovação já era fraca, e a marca acabou perdendo relevância.
Em contrapartida, a OpenAI mostra o poder de um engajamento externo bem feito. Ao formar uma parceria estratégica com a Microsoft, manteve sua independência inovadora e contou com infraestrutura robusta para lançar o ChatGPT — uma das maiores inovações da IA generativa até hoje.
O caso da Disney: aprendendo a inovação corporativa
A Disney também enfrentou obstáculos relacionados à inovação. No início dos anos 2000, resistiu à transição da animação tradicional para a digital. Foi só ao adquirir a Pixar, em 2006, que a empresa revitalizou sua divisão de animação, assumindo novamente a liderança no setor.
Esse exemplo demonstra o valor de diferenciar tecnologia de inovação e de investir em parcerias estratégicas. Além disso, a Disney também aplicou diversos modelos de inovação:
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Incremental: melhorias constantes nos parques temáticos;
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Radical: lançamento do Disney+, transformando o consumo de conteúdo da marca;
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Inovação aberta: colaboração com empresas de tecnologia para desenvolver realidade aumentada e inteligência artificial.
Tipos de inovação corporativa
Em resumo, para navegar com mais clareza no universo da inovação corporativa, é essencial conhecer seus principais tipos:
Inovação incremental
Melhorias contínuas em produtos e serviços.
Exemplo: Atualizações anuais dos iPhones.
Inovação disruptiva
Mudanças que transformam completamente mercados existentes.
Exemplo: Uber no setor de transportes.
Inovação radical
Introdução de tecnologias revolucionárias.
Exemplo: Carros elétricos da Tesla.
Inovação aberta
Parcerias entre empresas, startups e instituições de pesquisa.
Exemplo: OpenAI e Microsoft.
Inovação sustentável
Soluções voltadas à responsabilidade ambiental e social.
Exemplo: Marca Patagonia.
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Lederman Consulting & Education: caminhos para a inovação corporativa
Neste artigo vimos que a inovação corporativa vai muito além de adotar tecnologias de ponta. Por exemplo, os casos da Kodak, GE, BlackBerry, Netflix, Microsoft, OpenAI e Disney revelam que o sucesso está na estratégia, no entendimento profundo dos desafios do negócio e na capacidade de adaptação.
Dessa forma, empresas que investem em um modelo de inovação consciente, que combina visão de futuro com execução estruturada, estão mais preparadas para os desafios da era digital.
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RICARDO BEDANI é DIRETOR da Lederman Consulting & Education PARA REGIÃO SUL DO BRASIL.
Ricardo Bedani é especialista em gestão e operações, com ampla experiência em multinacionais e setores como varejo, hospitalidade e franchising. Atuou na estruturação e expansão de negócios, governança corporativa e otimização de resultados, além de liderar projetos estratégicos no Brasil e no exterior. Com passagens por empresas de grande porte, tem expertise em procurement, controladoria e gestão de equipes multiculturais. é mentor de startups, palestrante e professor. Possui MBA em Negócios Internacionais (FGV).
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