Os momentos de restrições e dificuldades funcionam como um motor para a criatividade e inovação.
Uma vez que a criatividade é a palavra usada para definir a capacidade de criar, enquanto a inovação traz a procura incessante por novas alternativas. Juntas, elas estimulam as pessoas a pensarem fora da caixa e ter uma visão holística sobre os problemas.
Os exemplos históricos de como isso funciona são inúmeros. Hoje o que apresentamos é um estudo de caso da greve do metrô de Londres em 2014. Na fatídica paralisação apenas nove, das onze linhas do metrô estavam em funcionamento.
Dessa forma, o caos ensinou aos passageiros do transporte público a se reinventarem.
Confira agora o que é possível extrair em termos de crise, criatividade e inovação neste caso.
A greve no metrô de Londres
Em fevereiro de 2014, uma greve no metrô de Londres ofereceu aos teóricos da administração uma lição de resiliência, criatividade e adaptação.
Segundo a agência ‘Trasport for London’ (TfL), que administra o transporte público na capital da Inglaterra, mais de 50 das quase 270 estações de metrô estavam fechadas.
Dessa forma, os londrinos frustrados foram forçados a repensar suas viagens para o trabalho por meio de rotas alternativas.
Assim, pesquisadores das universidades de Oxford e Cambridge descobriram posteriormente que cerca de 5% dos passageiros mantiveram seus novos itinerários.
Mesmo após a retomada do serviço normal.
Analogamente, os ganhos econômicos de longo prazo foram superiores aos custos de curto prazo da interrupção. Tendo em vista que, um em cada 20 viajantes adotaram maneiras novas e aprimoradas de chegar ao trabalho.
Crise, criatividade e inovação: o que podemos aprender do caso no metrô de Londres?
“Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?”
Shaun Larcom, Ferdinand Rauch and Tim Willems – Universidades de Oxford e Cambridge
Apesar dos inconvenientes para dezenas de milhares de pessoas, a greve realmente produziu um benefício econômico líquido. Sobretudo pelo número de pessoas que encontraram maneiras mais inovadoras e eficientes de ir ao trabalho.
Vale destacar que os pesquisadores analisaram mais de 200 milhões de dados (anônimos, agrupados) dos portadores do cartão de metrô, o chamado ‘Oyster card’, em um período de 20 dias.
Além disso, os estudiosos notaram que o mapa do metrô de Londres em si pode ter sido uma das razões pelas quais muitos passageiros não encontravam sua jornada ideal antes da greve.
De maneira geral, em muitas partes de Londres, as distâncias reais entre as estações são distorcidas ao analisarmos o icônico mapa (vide Figura 1).
Digitalização do mapa
Assim, ao digitalizar o mapa do metrô e compará-lo às distâncias reais entre as estações, os pesquisadores tiveram uma descoberta.
Aqueles que moram ou viajam para partes de Londres onde a distorção é maior tiveram maior probabilidade de aprender com a greve. Ou seja, encontraram uma rota inovadora e mais eficiente.
Além disso, como diferentes linhas de metrô andam em velocidades diferentes. Os passageiros que estavam viajando nas linhas mais lentas também foram mais propensos a mudar de rota após o término da greve.
Conforme destaca o coautor do trabalho, o Dr. Ferdinand Rauch, do Departamento de Economia de Oxford: “Uma das coisas muito discutidas é se os consumidores geralmente tomam a melhor decisão, mas nunca foram testados empiricamente usando um grande conjunto de dados de consumidores como este”.
Em seguida, Rauth ainda nos traz uma reflexão sobre o nosso dia a dia: “Nossas descobertas ilustram que as pessoas podem ficar presas às decisões abaixo do ideal porque não experimentam o suficiente”.
Aprendendo com adversidades nos negócios
Aprender com adversidades na vida e nos negócios é uma habilidade importante para o crescimento pessoal e sucesso a longo prazo. Assim, é interessante compreender que os contratempos, como no caso do metrô de Londres, são uma parte natural da vida e também dos negócios.
Todos os negócios enfrentam desafios em algum momento. Aceitar a realidade permite que você lide com as adversidades de forma mais eficaz.
Em vez de reagir impulsivamente ao obstáculo, tire um tempo para analisar a situação. Pergunte a si mesmo o que deu errado, por que deu errado e quais são as implicações disso para o seu negócio.
Depois de analisar a situação e aprender com os erros, crie um plano de ação para lidar com a adversidade. Isso pode envolver medidas corretivas, mudanças na estratégia ou na equipe, entre outras coisas. No caso do metrô, buscar rotas alternativas, que, no final, pode se apresentar como algo benéfico no fim das contas.
A inovação e criatividade são a chave para superar as adversidades
Por fim, você se lembra quando foi a última vez que fez alguma coisa nova na sua empresa?
A inovação na Disney é constante mesmo em tempos de crise e esse é um dos seus diferenciais de sucesso: a busca pela excelência contínua.
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David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.
Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.
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